Comecei a enxergar-me fora da instituição evangélica dentro da instituição evangélica, queria entrar para uma agremiação política, mas já vi que como diz Rubem Alves "minha metafísica não me permite submeter a uniformização e padronização das ideias" e cansei de tanta parcialidade, tanta pré formatação, tantas vozes que brigam e querem que o modo peculiar de enxergar a verdade, o paraíso, seja entendido por nós assim como eles veem, suas brigas sendo nossas. Assim parei de me medir, me comparar e ficar afiançado a posições e queixas dos outros, desapeguei-me de quem tanto queria imitar, mas após iniciado o processo de rupturas, não parei na primeira, foi uma após a outra, simplesmente apliquei a mesma lógica, entabulando todas as falas, todos os ideários de vida e de mundo perfeito numa rigorosa nivelação.
Fechei a janela para os discursos que me diziam contra o que tinha que lutar, me indignar, desfazer e quem seria o meu desafeto. Na religião, em linguagem teológica fala nos hereges, na política fala nos partidos comunistas ou direitistas, na vida pessoal, amigos, irmãos e demais parentes lhe mostram o caminho do dinheiro, do status, do time a torcer, do estilo musical a seguir, a tv é claro vem mostrar o rumo do sucesso também. Quer dizer, todas as convenções (família, igreja, partidos, mídia tradicional e etc) tentando arrancar a minha responsabilidade sagrada de tentar localizar-me como singularidade, e nela óbvio, a vocação, exercer aquilo que só o meu "eu", o meu existir veio a cumprir na vida dos meus achegados, dei um basta perdendo o medo de analisar posições diversas, que me eram contrárias as verdades já apresentadas, desarticulei as vozes dos "outros" quando elas decretavam o caminho profissional mais bem pago, e olhando pra vida e perguntado a ela, bem antes que venha os dias dos limites da existência, se fiz o que achei bom, ou o que outros queriam que eu achasse bom.
E você? Persegue aquilo que só você tem a oferecer aos outros, ou segue aquilo que os outros lhe disseram? Desistiu de dar amor a um animal doméstico, não cursou a faculdade que pretendia, vai prestar concurso dos seus sonhos, aliás, de seus sonhos mesmo ou sonhos de outros? Deixou de participar de mobilizações sociais por criticarem suas ações? Não viva sonho de outros como trás a fala de Claudia Arantes: "...vive sua vida, e não chegue ao fim dela e descubra que não teve sua vida...". Não se desfaça dessa propriedade, preste atenção nas palavras do Frei Beto: "...a pluralidade é o que enriquecem as relações, a diversidade que cada um oferece...", protagonizar aqueles momentos em que você é parte de memórias que se guardam para viver e querer reviver é a maior realização humana que se pode chegar, pois sua edificação, operou para edificação de outra vida. Ou se rasgará estruturalmente, ignorando que suas leituras, suas experiências, ganhos e perdas as considerando uma repetição mal sucedida do outro, na somatória dos seus contextos e genética como diz o psicanalista Jorge Forbes: "...o segredo não é agarrar todas as opções que lhe é apresentada, é reparar e juntar nas conclusões que cada uma oferece...", para que na catalise dos movimentos, tu não se perca na "sociedade dos narcisistas individualistas, mas das singularidades parceiras" - Forbes. Acredito como Rubem Alves, nas pequenas utopias que é a de cada ser com o sonho despertado que se junta numa grande coletividade. Conheça, dialogue e saboreie, não se submeta e aceite.
Fechei a janela para os discursos que me diziam contra o que tinha que lutar, me indignar, desfazer e quem seria o meu desafeto. Na religião, em linguagem teológica fala nos hereges, na política fala nos partidos comunistas ou direitistas, na vida pessoal, amigos, irmãos e demais parentes lhe mostram o caminho do dinheiro, do status, do time a torcer, do estilo musical a seguir, a tv é claro vem mostrar o rumo do sucesso também. Quer dizer, todas as convenções (família, igreja, partidos, mídia tradicional e etc) tentando arrancar a minha responsabilidade sagrada de tentar localizar-me como singularidade, e nela óbvio, a vocação, exercer aquilo que só o meu "eu", o meu existir veio a cumprir na vida dos meus achegados, dei um basta perdendo o medo de analisar posições diversas, que me eram contrárias as verdades já apresentadas, desarticulei as vozes dos "outros" quando elas decretavam o caminho profissional mais bem pago, e olhando pra vida e perguntado a ela, bem antes que venha os dias dos limites da existência, se fiz o que achei bom, ou o que outros queriam que eu achasse bom.
E você? Persegue aquilo que só você tem a oferecer aos outros, ou segue aquilo que os outros lhe disseram? Desistiu de dar amor a um animal doméstico, não cursou a faculdade que pretendia, vai prestar concurso dos seus sonhos, aliás, de seus sonhos mesmo ou sonhos de outros? Deixou de participar de mobilizações sociais por criticarem suas ações? Não viva sonho de outros como trás a fala de Claudia Arantes: "...vive sua vida, e não chegue ao fim dela e descubra que não teve sua vida...". Não se desfaça dessa propriedade, preste atenção nas palavras do Frei Beto: "...a pluralidade é o que enriquecem as relações, a diversidade que cada um oferece...", protagonizar aqueles momentos em que você é parte de memórias que se guardam para viver e querer reviver é a maior realização humana que se pode chegar, pois sua edificação, operou para edificação de outra vida. Ou se rasgará estruturalmente, ignorando que suas leituras, suas experiências, ganhos e perdas as considerando uma repetição mal sucedida do outro, na somatória dos seus contextos e genética como diz o psicanalista Jorge Forbes: "...o segredo não é agarrar todas as opções que lhe é apresentada, é reparar e juntar nas conclusões que cada uma oferece...", para que na catalise dos movimentos, tu não se perca na "sociedade dos narcisistas individualistas, mas das singularidades parceiras" - Forbes. Acredito como Rubem Alves, nas pequenas utopias que é a de cada ser com o sonho despertado que se junta numa grande coletividade. Conheça, dialogue e saboreie, não se submeta e aceite.
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